
Pequim oferece recompensa por informações sobre três agentes da NSA acusados de ataques cibernéticos a instituições chinesas.
China Oferece Recompensa por Informações sobre Supostos Hackers dos EUA
Em mais um episódio que intensifica as tensões entre China e Estados Unidos no campo da cibersegurança, o governo chinês anunciou uma recompensa financeira por informações que levem à identificação de três cidadãos norte-americanos acusados de envolvimento em ataques cibernéticos contra instituições chinesas. A ação marca um movimento incomum por parte de Pequim e evidencia a crescente disputa digital entre as duas potências.
Segundo o Ministério da Segurança do Estado da China, os três indivíduos buscados fazem parte de uma unidade de elite da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA). Eles são acusados de coordenar operações de espionagem cibernética contra universidades, empresas e órgãos do governo chinês. As autoridades afirmam que os ataques teriam sido conduzidos através do grupo de hackers “TAO” (Tailored Access Operations), uma divisão altamente especializada da NSA.
De acordo com os veículos estatais chineses, os ataques tinham como objetivo o roubo de dados sensíveis e propriedade intelectual, além da coleta de informações estratégicas sobre setores-chave da economia chinesa. A China afirma ter reunido provas técnicas que vinculam diretamente os ataques à infraestrutura utilizada pela NSA.
Como parte da iniciativa para identificar e capturar os envolvidos, o governo chinês ofereceu uma recompensa pública – embora o valor exato não tenha sido divulgado. Além disso, os nomes, fotos e dados básicos dos três acusados foram divulgados nas redes sociais e em plataformas de comunicação controladas pelo Estado. Essa estratégia, mais comum em casos criminais internos, marca uma escalada nas formas de pressão internacional adotadas por Pequim.
Esse episódio ocorre em meio a um cenário global de recrudescimento das disputas tecnológicas e militares entre China e EUA. Ambos os países se acusam mutuamente de realizar ataques cibernéticos, investigações de espionagem e vigilância eletrônica. Enquanto os EUA frequentemente apontam a China como a principal fonte de ameaças digitais, Pequim tem adotado uma postura mais assertiva para rebater essas acusações e promover sua própria narrativa.
A ação chinesa também pode ser vista como uma resposta simbólica às diversas sanções e acusações feitas por Washington contra empresas e cidadãos chineses, especialmente nas áreas de tecnologia e segurança nacional.
Até o momento, os Estados Unidos não emitiram uma resposta oficial às acusações feitas pelo governo chinês. No entanto, especialistas internacionais alertam que esse tipo de embate público tende a alimentar ainda mais o clima de desconfiança entre as duas maiores economias do mundo.
Especialistas em relações internacionais também apontam que esse tipo de divulgação pública de agentes estrangeiros é raro e pode ter consequências diplomáticas. A medida representa um desafio direto às práticas tradicionais de espionagem e contraespionagem, colocando em risco canais de diálogo mais discretos entre os dois países.
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