Falha em sistemas Windows da CrowdStrike atrasa voos, prejudica serviços bancários e de comunicação em diversos países.
Nesta sexta-feira (19), um apagão cibernético global provocou atrasos em voos e prejudicou serviços bancários e de comunicação em diversos países. O problema está relacionado a sistemas que utilizam o Windows na empresa de segurança digital CrowdStrike, e não há indícios de que a falha esteja relacionada a um ataque hacker. A Microsoft informou que a falha foi resolvida, mas advertiu que problemas residuais ainda podem ocorrer.
Nos Estados Unidos, as principais companhias aéreas, incluindo American Airlines, United e Delta, paralisaram todos os voos. Mais de 1.400 voos foram cancelados e outros 4.000 sofreram atrasos, conforme dados do site FlightAware. No Brasil, o Aeroporto de Viracopos relatou que o apagão afetou o sistema da Azul Linhas Aéreas, enquanto outros aeroportos e companhias aéreas afirmaram não enfrentar intercorrências significativas. Na Europa, a Eurowings, subsidiária da Lufthansa, cancelou todos os voos domésticos e entre a Alemanha e o Reino Unido até as 15h (horário local). Problemas técnicos também foram reportados em grandes aeroportos da Europa e da Índia, com voos sendo atrasados. Em Berlim, todas as decolagens foram suspensas por algumas horas. No aeroporto de Singapura, diversas companhias aéreas realizaram o check-in de forma manual. A Autoridade Aeroportuária de Hong Kong também mudou o procedimento de check-in para manual, embora os voos não tenham sido afetados.
A pane também impactou serviços de mídia ao redor do mundo. No Reino Unido, a Sky News ficou fora do ar, e problemas foram reportados em duas das maiores emissoras, TF1 e Canal+. Na Austrália, a rede estatal ABC teve a programação totalmente paralisada, e a Sky News Australia ficou parcialmente fora do ar. Nos Estados Unidos, o serviço de emergência 911 ficou fora do ar no Alasca. Além disso, serviços bancários e de mídia na Austrália foram afetados, com algumas lojas fechando temporariamente. Bancos na Nova Zelândia também ficaram fora do ar.
No Reino Unido, o serviço de trem foi afetado, enfrentando cancelamentos, e sistemas de computadores do serviço público de saúde, incluindo agendamentos de consultas e farmácias, ficaram fora do ar. Na Alemanha, cirurgias eletivas foram canceladas em dois hospitais. No continente africano, um dos maiores bancos da África do Sul anunciou problemas, afetando todos os serviços nacionalmente. Na França, o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris relatou problemas de TI, mas a venda de ingressos não foi afetada.
Em comunicado, a CrowdStrike confirmou estar ciente das falhas no sistema operacional Windows relacionadas ao sensor “Falcon”. A Microsoft atribuiu o problema a “uma atualização de uma plataforma de software de terceiros”. Em entrevista à rede NBC, o CEO da CrowdStrike pediu desculpas pelo incidente, que trouxe à tona a vulnerabilidade de sistemas essenciais em um mundo cada vez mais digitalizado.
Este apagão cibernético sublinha a importância de robustos sistemas de segurança cibernética e a necessidade de respostas rápidas e eficazes para minimizar impactos em escala global.
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